Olha só que infográfico interessantíssimo (ao entrar no site, clique em cima da figura pra expandir e explorar os dados): o quanto os consumidores do mundo realmente se importam com as marcas "verde"?
Os dados foram tirados a partir de pesquisas com pessoas de 8 países (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, China, Índia e Brasil). Veja que contrastante o quanto os brasileiros valorizam a confiança na empresa e a consciência ambiental, ao contrário de países como Alemanha e EUA, que prezam seu valor de mercado. Perceba também que os chineses acham que o meio ambiente está caminhando bem (uma pitada de alienação ajudada pelo governo, no caso), enquanto que o Brasil já pensa de maneira contrária (e realista, pelo menos).
Por fim, vejam que nenhuma das empresas mais "verdes" citadas pelos entrevistados é de produção de alimentos ou de origem agrícola.
Fonte: Good
30 dezembro 2010
28 dezembro 2010
Pepsico investe em linha "saudável" como estratégia do novo milênio
A PepsiCo, sob o comando de Indra Nooyi, quer ser vista como uma das empresas definidoras da primeira metade do século 21. A CEO afirmou que a empresa, que produz salgadinhos cheios de gordura, e refrigerantes cheios de açúcar, deve ser parte da solução, e não da causa, de um dos "maiores desafios de saúde pública mundial, fundamentalmente ligado à sua indústria: a obesidade".
Mas como? Ela determinou uma série de targets pra melhorar o nível "saudável" de seus produtos. Até 2015, a empresa pretende reduzir o sal em suas marcas de salgadinhos em 25%, e até 2020, quer reduzir, vejam só, o açúcar de suas bebidas em 25%, e também a gordura saturada de seus salgadinhos em 15%. Também, vai remover todas suas bebidas "açucaradas" das escolas do mundo inteiro até 2012. Grande passo, não?
Logicamente, tudo isso tem sua razão comercial. Nooyi quer evitar que as indústrias de alimentos, mais especificamente a sua, sejam acusadas de problemas de saúde pública, como são as empresas de tabaco, e ter que pagar indenizações milionárias para aqueles que conseguirem provar que adoeceram por conta do uso de seus produtos.
Nos anos 90, todos os produtos da Pepsico eram ruins pra você, ou como vinha escrito nas embalagens, "fun for you". A partir de 2006, a empresa diversificou sua linha, lançando produtos "better for you" e "good for you", com índices menores de coisas "ruins", como sal, gordura trans, etc.
Outro fator interessante da Pepsico é que ela decidiu comprar as 2 empresas independentes que engarrafavam suas bebidas. Depois disso, a Coca também anunciou que comprou seu maior engarrafador, agora juntando a produção de bebidas com o envase.. O que se espera disso é um maior controle sobre o portfolio de bebidas, e o lançamento de promoções conjuntas de snacks com bebidas....
Nooyi contratou um exército de experts em saúde para trabalhar em pesquisa e desenvolvimento, dando credibilidade aos produtos das linhas "saudáveis" da empresa. A marca Quaker, que é da Pepsi também, vai ser reformulada para lançar um novo conceito em café da manhã.. A empresa não vai fugir de ser alvo de críticas, especialmente por continuar com uma parte significante de seu share advinda de produtos que não são bons pra saúde. Porém, pelo menos lançou produtos "melhores", ainda que por motivação de mercado. Cabe agora ao consumidor decidir o que é melhor pra ele. Você por acaso concorda que empresas de cigarro devem ser multadas por causar uma doença no pulmão de um consumidor, ou acha que ele teve o livre arbítrio e escolheu fumar durante anos, tendo assim que arcar com as consequências? Quero ouvir sua opinião.
Fonte: The Economist
26 dezembro 2010
Pesticidas no morango
Morango é uma fruta linda e que todo mundo agora. Mas sabe como ele é produzido? Bom, pra exemplificar, tomemos como modelo o caso da Califórnia, nos EUA. 7 anos atrás, o methyl bromide (não vou me arriscar a colocar o nomes dessas substâncias em Português), uma neurotoxina, era injetada no solo das plantações para matar pestes e doenças, por trabalhadores cobertos da cabeça aos pés, incluindo máscaras. O solo então era coberto por plásticos - se vocês passarem pela Fernão Dias, região de Cambuí e Pouso Alegre/MG, vai ver cenário semelhante - para evitar que o gás se dispersasse. Parecia uma operação padrão, nuclear. É difícil comprar um morango convencional depois de ver aquilo. Esta substância sempre foi controversa. Methyl Iodide é igualmente perigoso para aqueles que o usam nos campos do que para os que tem contato com lençois freáticos contaminados.
Enquanto isso, produtores orgânicos seguiam com rotação de culturas, uso de insetos pra controle de pragas, etc, e apesar de sua produtividade ser menor que a da produção convencional, eles compensavam essa perda com o preço premium de seus produtos. O Methyl bromide foi acusado pela ONU de contribuir para o buraco na camada de ozônio. Os produtores receberam licenças, extensões pra continuar usando essa substância, porém sabiam que o fim estava próximo, e então colocaram o foco em outros químicos. Methyl Iodide era o mais promissor, apesar de produtores convencionais acharem que ele era ainda mais pesado que o Methyl Bromide. Porém, ele não abria buraco na camada de ozônio. A California acaba de liberar o Methyl Iodide pra uso, apesar do alerta de várias instituições sobre seus efeitos.
O grande problema aí é que o Methyl Iodide se mostrou bastante perigoso para os funcionários que o aplicam, mais do que para quem consome o produto. Daí fica a pergunta: seria ele aprovado se fosse o contrário?
Fonte: The Atlantic
Enquanto isso, produtores orgânicos seguiam com rotação de culturas, uso de insetos pra controle de pragas, etc, e apesar de sua produtividade ser menor que a da produção convencional, eles compensavam essa perda com o preço premium de seus produtos. O Methyl bromide foi acusado pela ONU de contribuir para o buraco na camada de ozônio. Os produtores receberam licenças, extensões pra continuar usando essa substância, porém sabiam que o fim estava próximo, e então colocaram o foco em outros químicos. Methyl Iodide era o mais promissor, apesar de produtores convencionais acharem que ele era ainda mais pesado que o Methyl Bromide. Porém, ele não abria buraco na camada de ozônio. A California acaba de liberar o Methyl Iodide pra uso, apesar do alerta de várias instituições sobre seus efeitos.
O grande problema aí é que o Methyl Iodide se mostrou bastante perigoso para os funcionários que o aplicam, mais do que para quem consome o produto. Daí fica a pergunta: seria ele aprovado se fosse o contrário?
Fonte: The Atlantic
22 dezembro 2010
Criação a pasto x Confinamento - Há diferença?
Por que animais criados em pasto não são muito melhores (reportagem do "The Atlantic) -
Nós acreditamos que os animais mereçam viver sob condições que os permitam buscar felicidade (o que não é o mesmo dizer que eles não vão virar o almoço de outro animal). Assim, todo estudo tem um estudo que tenta provar exatamente o contrário, toda fato que assumimos pra usar de partida pra uma idéia, sempre vai encontrar uma hipótese que levou em conta exatamente a negativa do fato pra chegar a certas conclusões.
Levando em conta essa contra-hipótese, animais de pasto podem ser melhores que os confinados, mas não são a maravilha que parecem. Como as fazendas industriais de confinamento produzirem 99% da carne consumida pelos norte americanos, é seguro dizer que qualquer pessoa preocupada com a ética da produção de alimentos se opõe a esse tipo de produção. Animais em confinamento não têm acesso às precondições de felicidade - ou seja, a liberdade de se mover, fazer escolhas básicas, procriar e socializar. O fato de que animais são equiparados a máquinas, ao invés de criaturas com vida respeitada, bate na nossa cabeça como uma coisa errada.
Comparando os 2, animais de pasto sofrem menos do que os de fazendas de confinamento. Aí é que todos os consumidores que preferem os de pasto se justificam. Mas, aí que o autor indaga: Sofrer menos é o suficiente? Será que matar o animal já constitui o que as fazendas de confinamento fazem? Será que isso já justifica a rotulação de confinamento = RUIM e pasto = BOM?
O autor ainda aborda a perspectiva de perda de felicidade: tendo o animal de pasto vivido uma vida relativamente "feliz", em comparação com o animal confinado, a sua perda será maior quando ele for abatido. O ponto dele é o de que, de uma maneira ou de outra, os animais serão feridos. Cedo ou tarde.
O texto ainda afirma que é possível ferir um animal sem machucá-lo. Animais de fazenda tem um senso de identidade individual no tempo e espaço. Eles são seres com potencial. Matá-los é o mesmo que apagar este potencial. É negar o seu direito a um futuro de busca do prazer. Os defensores dizem que os animais, que muitas vezes são abatidos sem sentir dor, nem ver o que os espera, não sabem o que perderão. Mas daí podemos usar o mesmo argumento do "não sabem" em favor do confinamento (esqueçamos as implicações ambientais desta prática): os animais confinados não ficam o dia inteiro se remoendo de inveja de seus "primos" do pasto. Eles não sabem o que está se passando por lá. Portanto, não sabem o que estão perdendo, e assim, não sofrem. Touché.
Para finalizar, o autor pega pesado, e afirma que ao escolhermos a morte de um animal, estamos priorizando seu sabor em detrimento de seu direito ao futuro. Até que alguém o convencá de que esse detrimento não constitui uma ferida desnecessária, ele vai continuar a ver criação a pasto e confinamento como graduações diferentes da escala de crueldade. E você?
P.S.: Mais uma vez, não sou vegetariana. Coloco textos com diferentes pontos de vista justamente pra incitar a discussão sobre esses assuntos.
Fonte: The Atlantic
Nós acreditamos que os animais mereçam viver sob condições que os permitam buscar felicidade (o que não é o mesmo dizer que eles não vão virar o almoço de outro animal). Assim, todo estudo tem um estudo que tenta provar exatamente o contrário, toda fato que assumimos pra usar de partida pra uma idéia, sempre vai encontrar uma hipótese que levou em conta exatamente a negativa do fato pra chegar a certas conclusões.
Levando em conta essa contra-hipótese, animais de pasto podem ser melhores que os confinados, mas não são a maravilha que parecem. Como as fazendas industriais de confinamento produzirem 99% da carne consumida pelos norte americanos, é seguro dizer que qualquer pessoa preocupada com a ética da produção de alimentos se opõe a esse tipo de produção. Animais em confinamento não têm acesso às precondições de felicidade - ou seja, a liberdade de se mover, fazer escolhas básicas, procriar e socializar. O fato de que animais são equiparados a máquinas, ao invés de criaturas com vida respeitada, bate na nossa cabeça como uma coisa errada.
Comparando os 2, animais de pasto sofrem menos do que os de fazendas de confinamento. Aí é que todos os consumidores que preferem os de pasto se justificam. Mas, aí que o autor indaga: Sofrer menos é o suficiente? Será que matar o animal já constitui o que as fazendas de confinamento fazem? Será que isso já justifica a rotulação de confinamento = RUIM e pasto = BOM?
O autor ainda aborda a perspectiva de perda de felicidade: tendo o animal de pasto vivido uma vida relativamente "feliz", em comparação com o animal confinado, a sua perda será maior quando ele for abatido. O ponto dele é o de que, de uma maneira ou de outra, os animais serão feridos. Cedo ou tarde.
O texto ainda afirma que é possível ferir um animal sem machucá-lo. Animais de fazenda tem um senso de identidade individual no tempo e espaço. Eles são seres com potencial. Matá-los é o mesmo que apagar este potencial. É negar o seu direito a um futuro de busca do prazer. Os defensores dizem que os animais, que muitas vezes são abatidos sem sentir dor, nem ver o que os espera, não sabem o que perderão. Mas daí podemos usar o mesmo argumento do "não sabem" em favor do confinamento (esqueçamos as implicações ambientais desta prática): os animais confinados não ficam o dia inteiro se remoendo de inveja de seus "primos" do pasto. Eles não sabem o que está se passando por lá. Portanto, não sabem o que estão perdendo, e assim, não sofrem. Touché.
Para finalizar, o autor pega pesado, e afirma que ao escolhermos a morte de um animal, estamos priorizando seu sabor em detrimento de seu direito ao futuro. Até que alguém o convencá de que esse detrimento não constitui uma ferida desnecessária, ele vai continuar a ver criação a pasto e confinamento como graduações diferentes da escala de crueldade. E você?
P.S.: Mais uma vez, não sou vegetariana. Coloco textos com diferentes pontos de vista justamente pra incitar a discussão sobre esses assuntos.
Fonte: The Atlantic
21 dezembro 2010
Nespresso e Espresso
Hoje vou falar sobre Espresso. E sobre a Nespresso.
A palavra espresso vem do italiano "esprimere", que significa exprimir. Um verdadeiro espresso é, portanto, a expressão, a alma do café. O creme (que fica em cima do espresso, resultado da extração), é uma proteção do café, impedindo a fuga dos aromas mais voláteis (notas florais, por exemplo). Para avaliar a qualidade do creme, pode-se fazer o teste do açúcar, colocando uma colher de açúcar sobre o creme, sem mexer. Um bom creme vai reter o açúcar durante um determinado período de tempo antes de ser atravessado, criando um orifício de forma cónica. Um creme perfeito é capaz de reter o açúcar durante 8 a 10 segundos.
A Nespresso, subsidiária da Nestlé, se especializou na comercialização de máquinas e de cápsulas de café com um diferencial. A empresa afirma que suas máquinas reproduzem todo o ritual da extração do espresso em seus equipamentos. Isso se dá pelo sistema de cápsulas, onde há a quantidade exata de café moído, revestidas por uma película protetora, e externamente pelo alumínio (produto que permite a posterior reciclagem). Este revestimento protetor impede que o café entre em contato com o alumínio e preserva suas propriedades por 9 meses. A empresa disponibiliza blends classificados de acordo com a intensidade (1 a 10), em cápsulas diferenciadas pela cor. Sendo assim, dá a opção do cliente variar o corpo, aroma e intensidade do seu cafezinho de acordo com seu gosto..
Minha opinião: a Nespresso é excelente, realmente a pressão exata de 19 bar e a consistência da qualidade da máquina fazem valer a pena sua aquisição. Porém, não devemos nos "render" a ela.. Tem dia que tudo que queremos é um café de coador... ou na cafeteira italiana... ou na prensa francesa.. Ou um espresso bem tirado por um barista, na sua cafeteria preferida. Assim, não deixamos de provar as variações deliciosas que essa bebia oferece.
Em tempo: o Programa AAA Sustainability Quality é um exemplo a ser seguido. Segundo a empresa, apenas 1% do café mundial satisfaz os requisitos dos grand crus da marca. Então, nos últimos 6 anos, a Nespresso tem trabalhado com a Rainforest Alliance e membros do Sustainable Agriculture Network para implementar o programa de qualidade de sustentabilidade da marca. Ele almeja garantir a produção desses cafés superiores de maneira sustentável e que beneficie as comunidades de produtores, assegurando o fornecimento a longo prazo dos café mais raros do mundo.
A empresa anunciou que, até 2013, pretende comprar 80% do café utilizado em seus grand crus diretamente de produtores certificados pelo programa. Ponto pra Nespresso.
19 dezembro 2010
Mapa das CAFO's dos EUA
A Food and Water Watch lançou um mapa interativo sobre as fazendas industriais americanas, baseado em dados de 2007. Para "brincar com o mapa, basta clicar neste link. É fascinante e horrorizante ao mesmo tempo - sabemos que os EUA são representativos do que há de mais "moderno" em termos de agricultura, porém vejam que dados interessantes foram tirados pela instituição.
O que esse infográfico mostra é, por exemplo, que:
E há muito mais informação, é só clicar no mapa que ele oferece números bem interessantes sobre a região consultada. O que se tira disso é que - as propriedades estão infinitamente mais concentradas, maiores e mais produtivas, e há bolsões de produções de determinado ítem agrícola de acordo com a região. As consequências disso tudo nós já sabemos..
Fonte: Factory Farm Map
O que esse infográfico mostra é, por exemplo, que:
- Há 4 fazendas industriais de carne de frango para cada americano.
- As CAFO's (unidades industriais de produção de carne), aumentaram o número de cabeças de gado em 1100 por dia, todos os dias, entre 2002 e 2007.
- Há mais de 1 bilhão de frangos para consumo humano atualmente nos EUA. são mais que 3 frangos para cada cidadão.
- O número de unidades confinadoras de animais triplicou de 3600 (1982) para 12000 (2002).
- Meio bilhão de toneladas de esterco são produzidos por fazendas de produção de carne e frango, o que representa mais do que três vezes o montante de resíduos produzidos pela população americana.
E há muito mais informação, é só clicar no mapa que ele oferece números bem interessantes sobre a região consultada. O que se tira disso é que - as propriedades estão infinitamente mais concentradas, maiores e mais produtivas, e há bolsões de produções de determinado ítem agrícola de acordo com a região. As consequências disso tudo nós já sabemos..
Fonte: Factory Farm Map
17 dezembro 2010
Embalagem compostável para salgadinhos - Ponto para a Frito-Lay!
A Frito-Lay, fabricante dos SunChips nos EUA, lançou uma embalagem inteiramente compostável, que se dissolve em 14 semanas quando colocada em uma lata de compostagem. O material é o ácido poliatico (PLA), compostável e feito a base de plantas. Desde o Earth Day de 2010 (em abril), todas as embalagens de salgadinho estão sendo feitas com esse material, o que vai ajudar a diminuir as emissões de gases do efeito estufa.
Um probleminha aí: a maioria dos americanos (e de todos os outros países, que eu saiba) não faz compostagem habitualmente. A não ser por São Francisco, que lançou a primeira lei do país que obriga a compostagem, os americanos terão que ser envolvidos nessa campanha por um apelo de marketing bem inteligente. Do contrário, o esforço será em vão.
Veja o vídeo da campanha!
Fonte: Fast Company
Um probleminha aí: a maioria dos americanos (e de todos os outros países, que eu saiba) não faz compostagem habitualmente. A não ser por São Francisco, que lançou a primeira lei do país que obriga a compostagem, os americanos terão que ser envolvidos nessa campanha por um apelo de marketing bem inteligente. Do contrário, o esforço será em vão.
Veja o vídeo da campanha!
Fonte: Fast Company
15 dezembro 2010
Carne ilegal - até quando?
Como muitos devem saber, está acontecendo a COP-16, Conferência do Clima, em Cancún, no México. Não comentei sobre ela por aqui ainda porque na minha opinião ainda não saiu nada de proveitoso, e se fosse falar eu iria criticar. Portanto vamos dar uma chance, e esperar por boas notícias..
Mas merece menção aqui os comentários do ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, nesse evento, onde afirmou que o desmatamento na Amazônia caiu praticamente pela metade nos últimos dois anos, graças aos esforços direcionados contra o "boi pirata", e o foco agora seria colocar em prática o protocolo da carne legal, que retira dos supermercados carnes provenientes de fazendas que invadem e desmatam para criar pastagens.
Sendo a pecuária a maior causa de desmatamento na região, esse passo reduziria razoavelmente o efetivo de terras desmatadas para este fim. Mas, segundo o ex-ministro, o protocolo indicava que, em um ano, iríamos tirar da prateleira a carne de origem ilegal. Esse prazo já venceu, mas os produtores de carne estão pedindo um adiamento. Estão querendo postergar mais um ano alegando uma série de dificuldades.
Minc aindou comentou e destacou que a agricultura brasileira dobrou de produção aumentando 6% a área plantada nos últimos 15 anos, o que prova que a produtividade aumentou sem gerar uma expansãoa grícola significativa. A atual meta do governo é reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O processo está acelerado, os números atuais correspondem aos previstos para 2015.
Fonte: UOL
13 dezembro 2010
Os piores alimentos, segundo a Anvisa
Um relatório publicado recentemente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), revelou algumas verdades amargas sobre os produtos alimentícios industrializados. A pesquisa foi realizada durante o ano de 2009 com amostras coletadas no mercado brasileiro. A agência aponta o risco da oferta excessiva dos produtos "errados", com densidade energética alta e mais baratos, para o consumidor, o que vem gerando um aumento no índice de pessoas com sobrepeso e obesas no país. (Segundo o IBGE, metade da população brasileiro se enquadra em uma das categorias, e uma em cada 3 crianças também)..
O macarrão instantâneo e os temperos prontos desse macarrão foram apontados como os produtos com maior concentração média de sódio, dentre 20 categorias de alimentos industrializados analisados. Em algumas amostras ficou constatado que, ao comer uma única porção do macarrão instantâneo, a pessoa está ingerindo 167% do sódio recomendado para ser consumido durante todo dia.
Entre os refrigerantes e sucos industrializados, o estudo constatou que os refrigerantes de baixa caloria têm mais sódio que os normais, e os néctares apresentam maior teor de açúcar que os refrigerantes e os sucos.
O sódio participa de funções básicas importantes do organismo, sendo responsável por equilibrar a quantidade de água, contrações musculares, impulsos nervosos e ritmo cardíaco entre outros. Entretanto, o excesso da substância é apontado como um dos responsáveis pelo aumento dos registros de doenças crônicas, como hipertensão, problemas cardíacos, de colesterol e de rins e obesidade.
A gordura saturada é de origem animal e encontrada em carnes, leites e seus derivados. O organismo humano necessita desse tido de substância, mas em quantidades pequenas. Somente quando consumida excessivamente, elas podem causar problemas cardiovasculares.
O biscoito de polvilho, segundo o estudo, é o campeão na concentração de gordura trans. As gorduras trans são as vilãs da história, pois diminuem o colesterol "bom" (HDL) e aumentam o colesterol "ruim" (LDL), elevando o risco de obesidade e complicações cardíacas. Ela é produzida por meio de processos químicos e adicionada a uma imensidade de produtos industrializados como margarina, biscoitos e sorvetes, aumentando seu tempo de prateleira.
O estudo será encaminhado ao Ministério da Saúde, para que seja pactuado entre Governo Federal e as indústrias de alimentos uma redução das quantidades de gorduras, açúcar e sal nos alimentos processados, coisa que já vem acontecendo nos EUA ultimamente, dado os dados alarmentes de saúde pública naquele país.
O que se deve fazer? Ler o rótulo. Consumir de maneira consciente não é parar de consumir, mas consumir menos e diferente. Cabe ao consumidor procurar uma alimentação equilibrada também com produtos naturais, frutas, verduras, legumes. E, no caso dos industrializados, dar preferência aos que apresentam as menores concentrações de sódio, açúcar e gorduras saturadas.
Fonte: Instituto Akatu
09 dezembro 2010
The Story of Stuff
Vídeo excelente (com legenda em português) sobre o consumismo excessivo, desnecessário e as consequências disso tudo. Tem 20 min mas no site do projeto o vídeo é dividido em capítulos, então pode se separar o tempo.. Vale a pena!
Fonte: The Story of Stuff Project
06 dezembro 2010
Cartilha de orgânicos (Brasil) - novo selo
Atentem-se para o fato de que a partir de 2010, todos os produtos orgânicos no Brasil (com exceção dos vendidos diretamente nas fazendas) virão certificados pelo selo SISORG (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica).
Somente contestaria a afirmação, na cartilha, de que "todas as pessoas que participam de sua produção [orgânica] recebem cuidados, ganham condições dignas de trabalho e seus direitos são respeitados. O trabalho ajuda a melhorar a vida dessas pessoas". Isso seria o correto, mas sabemos que nem sempre acontece. Como já comentei em outro post por aqui, a "indústria" orgânica pode se tornar tão exploradora quanto a convencional. Se a demanda aumentar (o que vem acontecendo), a probabilidade disso acontecer é ainda maior.
Fonte: MAPA
03 dezembro 2010
Discussão sobre água engarrafada
Vejam este vídeo interessante, parte do projeto History of the Stuff, (com legenda em português) sobre as controvérsias da água engarrafada... Em países como EUA, é seguro beber água da torneira, no entanto empresas que engarrafam água criaram um certo ar de desconfiança em relação a isso, para que mais e mais consumidores consumam seus produtos. Muitas vezes o produto (água) é o mesmo. E pra onde vão as garrafas usadas? Pra Índia... pra fazer downcycling (não voltarão a ser garrafas mais).
Fonte: History of Bottled water
Fonte: History of Bottled water
02 dezembro 2010
Fair trade?
Apesar de sabermos que fair trade garante que pequenos produtores recebam um preço mínimo "justo" para se sustentar, um relatório do Institute of Economic Affairs (IEA), mostrou que os requisitos do Fair Trade podem refletir os desejos dos consumidores mais ricos e não a real necessidade dos produtores. O relatório acusa especialmente a agência de Fair Trade por ela ter recusado trabalho infantil e introdução de organismos geneticamente modificados, sugerindo que essas recusas tenham mais a ver com o ideologismo dos consumidores ocidentais do que as necessidades reais dessas pessoas.
Comentou-se também que companhias como Starbucks, por sua escala, ao terem optado por comprarem mesmo que uma ínfima percentagem de seu café de pequenos produtores, deu mais resultados que as iniciativas de fair trade coffee no mundo.
A Fairtrade Foundation se defendeu dizendo que a análise feita foi parcial, e que é incorreto afirmar que o Fair trade não oferece uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo. Ressaltaram ainda que em Mali, os produtores de algodão fair trade ganham 50% mais que os convencionais, e 95% de seus filhos vão para a escola porque suas comunidades agrícolas recebem mais dinheiro. O Grupo Fairtrade já conseguiu assinar contrato com a Cadbury's no Reino Unido, e ainda conseguiu que todo espresso vendido pela Starbucks naquele país fosse oriundo de fair trade coffee. O IEA é uma agência thinktank, livre de partidários políticos, e não foi a primeira vez que criticou a Fairtrade Foundation. Ela ainda questionaram se todo o adicional que é pago por um consumidor pelo produto fair trade realmente chega ao produtor de origem.
Fonte: The Guardian
01 dezembro 2010
Carne e leite clonados são seguros para consumo humano (?)
O governo do Reino Unido anunciou que carne e leite de gado clonado são seguros, segundo o Jornal The Guardian. A decisão tomada pelo Advisory Committee of Novel Foods and Processes, que é um órgão independente que determinada a segurança de alimentos, deve levar à aprovação, por parte do governo, da venda de subprodutos oriundos de gado clonado. O Comitê confirmou que não há diferença substancial entre carne e leite de gado clonado e convencional, portanto é improvável que consumí-los represente um risco à segurança alimentar.
A conclusão do estudo coincide com a do painel do USDA (EUA) em 2008, que depois de um estudo de 5 anos descobriu que carne e leite de animais clonados eram indistinguíveis de carne e leite comuns. Nos EUA, é legal vender produtos de animais clonados. A agência do Reino Unido rastreou este ano 3 bois nascidos com embriões de uma vaca clonada dos EUA, e avisou que é praticamente impossível colocar um regime de rastreamento com a finalidade de etiquetar os alimentos originários de vacas clonadas/não clonadas à venda. Outro ponto importantíssimo, portanto, ao se discutir a legalização da venda de tais produtos.
Fonte: The Guardian
30 novembro 2010
Os 10 alimentos mais perigosos, agora segundo a Anvisa
Um estudo divulgado este ano pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), listou, em ordem decrescente de perigo, os alimentos mais perigosos (em termos de resíduos de agrotóxicos): pimentão (80,0%),
uva (56,40%),
pepino (54,80%),
morango (50,80%),
couve (44,20%),
abacaxi (44,10%),
mamão (38,80%),
alface (38,40%),
tomate (32,60%)
beterraba (32,00%).
Já publiquei aqui nesse blog um estudo semelhante feito para os produtos à venda nos EUA, mas o do Brasil agora merece nossa atenção.
A própria agência notou que chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil.
A alternativa eficaz para evitar pesticidas é consumir orgânicos. Mas nem sempre isso é possível – já que esses vegetais costumam ser mais caros e não são encontrados em quantidade suficiente em todas as cidades. Por isso, uma solução intermediária é tentar eliminar os resíduos de agrotóxicos, quando possível, tomando medidas como lavar bem, tirar a casca, comprar alimentos verdes (pois os maduros podem ter recebido uma dose extra de agrotóxicos), dentre outras..
Fonte: Notas Verdes
uva (56,40%),
pepino (54,80%),
morango (50,80%),
couve (44,20%),
abacaxi (44,10%),
mamão (38,80%),
alface (38,40%),
tomate (32,60%)
beterraba (32,00%).
Já publiquei aqui nesse blog um estudo semelhante feito para os produtos à venda nos EUA, mas o do Brasil agora merece nossa atenção.
A própria agência notou que chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil.
A alternativa eficaz para evitar pesticidas é consumir orgânicos. Mas nem sempre isso é possível – já que esses vegetais costumam ser mais caros e não são encontrados em quantidade suficiente em todas as cidades. Por isso, uma solução intermediária é tentar eliminar os resíduos de agrotóxicos, quando possível, tomando medidas como lavar bem, tirar a casca, comprar alimentos verdes (pois os maduros podem ter recebido uma dose extra de agrotóxicos), dentre outras..
Fonte: Notas Verdes
29 novembro 2010
Como são feitas as salsichas
Olha que interessante esse infográfico sobre como são feitas as salsichas. Se clicar no link, vai pra página original, onde dá pra ler em detalhes..
Logicamente os metodos e ingredientes variam de local pra local, de produtor pra produtor. Mas basicamente é isso daí. Vai encarar?
Logicamente os metodos e ingredientes variam de local pra local, de produtor pra produtor. Mas basicamente é isso daí. Vai encarar?
23 novembro 2010
Futuro sustentável
Vejam esse vídeo inspirador (tem legenda em português) do Alex Steffen, fundador da worldchanging, uma organização de mídia sem fins lucrativos com sede em Seatlle, WA - EUA. Até o Lula é mencionado! São Paulo, favelas do RJ, life straw, tudo mereceu crédito... Vale a pena ver.
Fonte: TED
Fonte: TED
22 novembro 2010
Biotecnologia - de vilã para salvadora?
Para abastecer as estoques de países ricos com comida (muitas vezes comida em demasia), não se pensa muito em comida como remédio para a vida. Mas quando se fala de malnutrição e fome crônica, essa idéia é realidade. A solução para o fome, como muitos alegam, não é aumentar a produção, mas sim melhorar a distribuição. Falando assim parece fácil.
Muitos alimentos são produzidos no Ocidente, claro, mas muita parte disso é destinada a alimentar animais que também vão virar comida! Assim analisando friamente, a conversão é bem ineficiente, requerendo 10 quilos de alimento (milho e soja, na maioria) para produzir 1 quilo de carne. Daí, com um raciocínio ingênuo, deve-se destinar esse alimentos da produção de animais para alimentar os famintos (humanos). Mas, pra isso acontecer, primeiro muita gente iria ter que diminuir seu consumo de carne (a tendência é justamente oposta ao vermos milhares de pessoas aumentarem seu poder aquisitivo, principalmente nos BRICs), depois todos os produtores de milho e soja teriam que doar esses alimentos e entregar onde é preciso. E por ultimo, os distribuidores teriam que assegurar que os alimentos chegassem exatamente onde é necessário, sem destruir os poucos agricultores locais e o mercado de alimentos.
Você vê alguma das soluções acima acontecendo? Claro que não. Isso é a contra-mão do processo secular de livre comércio, leis de oferta e demanda. Então, aí desponta o voto o a favor da biotecnologia - fazer plantações nessas áreas de fome produzirem mais do que o normal para dar conta de sustentar a maior parte das pessoas. Ou pelo menos evitar que o cultivo seja destruído por pestes.. De um jeito ou de outro, qualquer ajuda é bem-vinda. Só que temos que tomar cuidado, porque aí também, temos interesses políticos/comerciais que impedem o avanço nas pesquisas de sementes próprias para o clima árido da África, por exemplo.
Já foi confirmado por estudos que 30% dos alimentos produzidos no mundo se perdem por pestes. Um esforço para evitar tal perda automaticamente vai fazer mais alimentos ficarem disponíveis, sem a necessidade de se aumentar a produção. Além disso, já há protótipos de alimentos transgênicos que têm maior quantidade de determinado nutriente, vitamina, etc. Essencial para quem passa fome, na atual conjuntura.
Então, seria a biotecnologia a solução para o quase 1 bilhão de pessoas que estão literalmente morrendo de fome no mundo?
Muitos alimentos são produzidos no Ocidente, claro, mas muita parte disso é destinada a alimentar animais que também vão virar comida! Assim analisando friamente, a conversão é bem ineficiente, requerendo 10 quilos de alimento (milho e soja, na maioria) para produzir 1 quilo de carne. Daí, com um raciocínio ingênuo, deve-se destinar esse alimentos da produção de animais para alimentar os famintos (humanos). Mas, pra isso acontecer, primeiro muita gente iria ter que diminuir seu consumo de carne (a tendência é justamente oposta ao vermos milhares de pessoas aumentarem seu poder aquisitivo, principalmente nos BRICs), depois todos os produtores de milho e soja teriam que doar esses alimentos e entregar onde é preciso. E por ultimo, os distribuidores teriam que assegurar que os alimentos chegassem exatamente onde é necessário, sem destruir os poucos agricultores locais e o mercado de alimentos.
Você vê alguma das soluções acima acontecendo? Claro que não. Isso é a contra-mão do processo secular de livre comércio, leis de oferta e demanda. Então, aí desponta o voto o a favor da biotecnologia - fazer plantações nessas áreas de fome produzirem mais do que o normal para dar conta de sustentar a maior parte das pessoas. Ou pelo menos evitar que o cultivo seja destruído por pestes.. De um jeito ou de outro, qualquer ajuda é bem-vinda. Só que temos que tomar cuidado, porque aí também, temos interesses políticos/comerciais que impedem o avanço nas pesquisas de sementes próprias para o clima árido da África, por exemplo.
Já foi confirmado por estudos que 30% dos alimentos produzidos no mundo se perdem por pestes. Um esforço para evitar tal perda automaticamente vai fazer mais alimentos ficarem disponíveis, sem a necessidade de se aumentar a produção. Além disso, já há protótipos de alimentos transgênicos que têm maior quantidade de determinado nutriente, vitamina, etc. Essencial para quem passa fome, na atual conjuntura.
Então, seria a biotecnologia a solução para o quase 1 bilhão de pessoas que estão literalmente morrendo de fome no mundo?
19 novembro 2010
Subsídios Alimentares x Obesidade
Um estudo conduzido por economistas agrários renomados da Universidade Cornell, nos EUA, e do USDA, revelou que não há ligação entre os subsídios fornecidos por aquele país a seus produtores e o aumento da obesidade em sua população. Os americanos estão cada vez mais obesos. Em 1970, 15% da população era obesa, e em 2000, 31%. A sabedoria popular diz que os subsídios reduziram o preço da comida de tal maneira que os americanos passaram simplesmente a comer mais e mais. E isso que levou a epidemia de obesidade. Daí, argumenta-se, a razão de uma salada por lá custar bem mais que um sanduíche de fast food. E a grande estrela dos subsídios são o milho e produtos de origem animal.
Mas os economistas contrariaram essa idéia geral, alegando que se os subsídios fossem removidos, cada americano reduziria seu consumo alimentar em 977 calorias. Por ANO. Ou seja, irrisório. Eles, pelo contrário, alegam que se os subsídios sumissem, o consumo de calorias seria maior... Pois o governo limita a importação de açúcar, o que aumenta o preço de alimentos e ao mesmo tempo reduz seu consumo. Ao se livrar das restrições de importação, comer-se-ia mais, comida barata.
De qualquer maneira, o efeito de commodities básicas no preço da comida é final. Eles são apenas uma percentagem pequena do total. O real contribuidor para comida barata é a inovação e produtividade crescentes na fazenda. Mas também seria "nonsense" tentar diminuir o ritmo das inovações e produtividade na agricultura como maneira de combater o crescimento da obesidade. O desafio para os formadores de políticas aqui seria achar outros meios de reduzir as consequências socias do excesso de consumo de alimentos, ao mesmo tempo aumentando as oportunidades de consumo para os pobres e protegendo os recursos naturais para as gerações futuras. DIFÍCIL NÉ?
Fonte: Daily Yonder
Mas os economistas contrariaram essa idéia geral, alegando que se os subsídios fossem removidos, cada americano reduziria seu consumo alimentar em 977 calorias. Por ANO. Ou seja, irrisório. Eles, pelo contrário, alegam que se os subsídios sumissem, o consumo de calorias seria maior... Pois o governo limita a importação de açúcar, o que aumenta o preço de alimentos e ao mesmo tempo reduz seu consumo. Ao se livrar das restrições de importação, comer-se-ia mais, comida barata.
De qualquer maneira, o efeito de commodities básicas no preço da comida é final. Eles são apenas uma percentagem pequena do total. O real contribuidor para comida barata é a inovação e produtividade crescentes na fazenda. Mas também seria "nonsense" tentar diminuir o ritmo das inovações e produtividade na agricultura como maneira de combater o crescimento da obesidade. O desafio para os formadores de políticas aqui seria achar outros meios de reduzir as consequências socias do excesso de consumo de alimentos, ao mesmo tempo aumentando as oportunidades de consumo para os pobres e protegendo os recursos naturais para as gerações futuras. DIFÍCIL NÉ?
Fonte: Daily Yonder
18 novembro 2010
"Climate-Smart" Agriculture
Estimativas mostram que a população mundial vai crescer dos atuais 6.7 bilhoes para 9 bilhoes até 2050, com o maior crescimento ocorrendo no sul da Ásia e na África Subsaariana, regiões de extrema pobreza. A FAO estima que alimentar a população mundial vai exigir um crescimento de 70% no total da produção agrícola atual.
Tendo em vista este cenário, a FAO publicou o estudo "Climate-Smart Agriculture", onde discorre sobre os 10 pontos abaixo, considerados essenciais para um suprimento de alimentos seguro para a população que está por vir.
1) A agricultura nos países em desenvolvimento devem passar por uma transformação significante para conseguir lidar com os desafios da segurança alimentar e mudanças climáticas.
2) Práticas eficientes em relação ao clima já existem e podem ser implementadas em sistemas agrícolas de países em desenvolvimento
3) Adotar uma abordagem ecosistemática, trabalhar de acordo com a região e assegurar a cooperação e coordenação inter-setorial é crucial para respostas às mudanças climáticas.
4) Investimentos razoáveis são necessários para suprir dados e conhecimentos para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, metodologias; e conservação e produção de variedades e cruzamentos.
5) Apoio institucional e financeiro vai ser necessário para possibilitar a milhares de pequenos produtores para fazer a transição para a "climate-smart agriculture"
6) Fortalecer as capacidades institucionais será necessário para melhorar a disseminação de informação e coordenação de grandes áreas e números de fazendeiros.
7) Uma maior consistência entre políticas de agricultura, segurança alimentar e mudanças climáticas deve ser buscada em níveis nacional, regional e internacional.
8) Os financiamentos disponíveis hoje em dia são insuficientes para lidar com os desafios de mudança climática e segurança alimentar enfrentados pelo setor agrícola atualmente.
9) Financiamento do setor público e privado devem ser sinergisticamente combinados para satisfazer os requerimentos do setor agrícola.
10) Mecanismos de financiamento vão ter que levar em consideração fatores específicos de cada setor.
Leia a publicação em sua íntegra (em inglês) aqui.
Fonte: FAO
17 novembro 2010
Embalagem biodegradável
AStahlbush Island Farms recentemente lançou suas BioBags, embalagens biodegradáveis (foto acima) para sua linha de vegetais e frutas congeladas. Localizada no estado do Oregon, EUA, a Stahlbush tem uma reputação conhecida por práticas de agricultura sustentável, e hoje fornece energia elétrica a partir de compostos vegetais capaz de abastecer 1100 residências.
A BioBag, desenvolvida em parceria com a Cadillac Products Packaging Company, mantem a vida de prateleira normal para os mais de 20 diferentes vegetais e frutas vendidos pela empresa. Ela usa kraft paper marrom e tinta à base de água,e se decompõe em apenas alguns meses, ao contrário das embalagens tradicionais, que levam anos.
Fonte: Fast Company -
12 novembro 2010
Fooducate
Olha que legal esse aplicativo pra iPhone, iPod e iPad. Você seleciona o produto que está afim de comprar e ele te indica o que realmente está por trás da embalagem, ou seja: Tem muito açúcar? Gordura saturada? Aditivos cujos nomes são impronunciáveis? Cores artificiais?
Com ele, descobre-se que produtos que você acha que seriam saudáveis, se considerada a embalagem: (low trans fat, low carb, good for you, healthy option, etc), têm níveis inaceitáveis de aditivos e de gordura.
Fonte: Fooducate
Com ele, descobre-se que produtos que você acha que seriam saudáveis, se considerada a embalagem: (low trans fat, low carb, good for you, healthy option, etc), têm níveis inaceitáveis de aditivos e de gordura.
Fonte: Fooducate
10 novembro 2010
Comparação produtos orgânicos x convencionais
O gráfico deste site (Seção Organic Growth, tab PESTICIDES) mostra a quantidade de pesticidas diferentes encontrados nos produtos listados. Os menores foram os feijões (nenhum pesticida remanescente) e o milho (apenas 1), e os maiores, aipo e pêssego.
O mapinha é interativo, é só colocar o mouse em cima de cada barro e ele descreve o produto e a quantidade de diferentes pesticidas encontrados. Ainda na mesma seção, na tab COST, pode-se ver a diferença do preço (nos EUA), entre certos produtos nas suas versões tradicionais e orgânicas. As maiores discrepâncias, entre os produtos avaliados, vão para a carne de aves e os ovos, que mostram uma diferença de quase 200% no preço.
Fonte: MNN
O mapinha é interativo, é só colocar o mouse em cima de cada barro e ele descreve o produto e a quantidade de diferentes pesticidas encontrados. Ainda na mesma seção, na tab COST, pode-se ver a diferença do preço (nos EUA), entre certos produtos nas suas versões tradicionais e orgânicas. As maiores discrepâncias, entre os produtos avaliados, vão para a carne de aves e os ovos, que mostram uma diferença de quase 200% no preço.
Fonte: MNN
09 novembro 2010
Orgânico: pro produtor e pro consumidor
Fertilizantes: A agricultura orgânica usa rotação de culturas, compostagem e adubos orgânicos para resolver os problemas de fertilidade do solo. Isso envolve bastante trabalho manual, e é por isso que a medida que a agricultura "evoluía", encontravam-se meios para agilizar o processo: fazer o superfosfato (originado de ácido sulfúrico e rochas de fosfato), ou fabricação de amônia (que consome 2% de toda a energia usada no mundo).
Pesticidas: A rotação de culturas, aplicada nas fazendas orgânicas, é um método eficaz de se evitar pestes, pois as plantações ficam um passo à frente das doenças. A aplicação irresponsável de pesticidas, por outro lado, leva a problemas na formação de fetos, e também foi ligada a alguns tipos de câncer. Vou postar o link para um gráfico interativo sobre os resíduos de pesticidas em cada tipo de alimento.
Diversidade de culturas: Cultivar somente um produto em grandes áreas, sem mudar, é perigoso pois expõe a cultura às mesmas condições e doenças por um longo período, sendo necessário muito esforço, e remédios, para evitar pestes. Há hoje em dia, OGM's que resistem a pesticidas, porém o seu uso pressupõe o uso de pesticidas, o que já não é uma coisa boa... É uma dependência desnecessária.
Criação de animais: As "factory Farms" ou CAFOs são diretamente associadas ao crescimento do uso de hormônios, vacinas, antibitióticos (mesmo de maneira preventiva). As condições apertadas ali facilitam o surgimento de doenças, e o rápido contágio por todos os outros animais. Por isso tantos cuidados têm que ser tomados.
Argumentos contra: o que mais pesa contra a Agricultura Orgânica é seu custo, maior do que o dos outros produtos, e logicamente repassado ao consumidor. A diferença varia bastante dependendo do produto, cenouras podem ter um custo bem próximo, enquanto que ovos orgânicos são muito mais caros (200%) que os convencionais. Além disso, especialistas questionam a capacidade da agricultura orgânica de suprir os mesmos volumes da agricultura convencional. Já foi provado, em um estudo da Cornell, que culturas de soja e milho orgânicos produzem o mesmo montante que as convencionais, mesmo usando 30% a menos de energia. Já morangos orgânicos, por exemplo, dão frutos menores e mais esparsos - apesar de mais densos, nutritivos e saborosos.
Minha opinião sobre tudo isso: do ponto de vista do consumidor, os produtos convencionais devem ser preteridos a favor dos orgânicos, sempre que possível. Quando não possível, observar sempre os produtos com maior acúmulo residual de pesticidas e evitá-los ao máximo. Do ponto de vista do produtor: o orgânico deve passar a ser visto com outros olhos. Olhos de produtividade, de oportunidade, de nicho de mercado, de conservação do solo e recursos da sua propriedade. E, quando não possível migrar para o cultivo orgânico, aplicar técnicas deste cultivo ao seu sistema atual. Rotação de culturas (economia com fertilizantes e pesticidas), compostagem (de novo, economia com fertilizantes e aproveitamento de resíduos dos animais da própria fazenda) são exemplos que podem ser aplicados ao cultivo tradicional, diminuindo o peso no bolso - e na consciência - do produtor.
Fonte: Mother Nature Network
08 novembro 2010
A verdade sobre o hamburguer que não apodrece
O blogueiro / jornalista J. Kenji, do Serious Eats, resolveu tirar à prova a teoria de que os hamburgueres do Mc Donalds não apodrecem. Todos nós já ouvimos falar de pelo menos um dos experimentos nos quais combos do Mc são deixados intocados por vários meses e não apodrecem, - apenas encolhem um pouquinho..
Bem, acontece que essa não é uma característica apenas dos hamburgueres do Mc... qualquer hamburguer ia reagir dessa maneira mesmo.
Para fazer isso, o jornalista testou a sua amostra mas também com um controle (hamburguer feito de carne, apenas carne, por ele mesmo), em todas a opções abaixo:
Amostra 1: Um hambúrguer normal do McDonald's deixado fora da embalagem, em um prato ao ar livre.
Amostra 2: Um hambúrguer comum feito com carne moída natural, com as mesmas dimensões do hambúrguer do McDonald's, em um pão de hambúrguer comprado
Amostra 3: Um hambúrguer normal de carne moída natural num pão do McDonald's.
Amostra 4: Um hambúrguer do McDonald's em pão comprado.
Amostra 5: Um hambúrguer normal do McDonald's mantido na embalagem.
Amostra 6: Um hambúrguer do McDonald's feito sem sal, deixado ao ar livre.
Amostra 7: Um Quarter Pounder (hambúrguer maior) do McDonald, deixado ao ar livre.
Amostra 8: Um hambúrguer natural feito em casa com as dimensões do Quarter Pounder.
Amostra 9: Um McDonald's Angus Third Pounder (um hambúrguer maior ainda), deixado ao ar livre.
Todo dia ele pesava cada uma das amostras, checava indícios de mofo ou de outro tipo de deterioração, sem ter contato direto com os hamburgueres. 30 dias depois, o fato é que nenhum dos dois tipos de hamburguer apodreceram! E ainda mais interessante, o hamburguer feito sem sal também não apodreceu, descartando a hipótese de que o sal que conservaria o produto por mais tempo.
Os únicos que apresentaram algum sinalzinho de deterioração foram o hamburguer feito em casa e o quarter pound. Por que? Tinham tamanho maior do que os demais, levando mais tempo pra desidratar, portanto dando maior chance à criacão de mofo/bolor. O hamburguer mais fino nao apodrece porque tem uma área de superfície relativamente grande à sua espessura, permitindo à agua evaporar bem mais rápido.
Bom, agora não se pode culpar o Mc por essa coisa estranha da comida deles não estragar. Lógico que tem ativistas achando 1000 razões para se evitar comer lá. Mas a alegação acima já não procede.
Fonte: Serious Eats
Bem, acontece que essa não é uma característica apenas dos hamburgueres do Mc... qualquer hamburguer ia reagir dessa maneira mesmo.
Para fazer isso, o jornalista testou a sua amostra mas também com um controle (hamburguer feito de carne, apenas carne, por ele mesmo), em todas a opções abaixo:
Amostra 1: Um hambúrguer normal do McDonald's deixado fora da embalagem, em um prato ao ar livre.
Amostra 2: Um hambúrguer comum feito com carne moída natural, com as mesmas dimensões do hambúrguer do McDonald's, em um pão de hambúrguer comprado
Amostra 3: Um hambúrguer normal de carne moída natural num pão do McDonald's.
Amostra 4: Um hambúrguer do McDonald's em pão comprado.
Amostra 5: Um hambúrguer normal do McDonald's mantido na embalagem.
Amostra 6: Um hambúrguer do McDonald's feito sem sal, deixado ao ar livre.
Amostra 7: Um Quarter Pounder (hambúrguer maior) do McDonald, deixado ao ar livre.
Amostra 8: Um hambúrguer natural feito em casa com as dimensões do Quarter Pounder.
Amostra 9: Um McDonald's Angus Third Pounder (um hambúrguer maior ainda), deixado ao ar livre.
Todo dia ele pesava cada uma das amostras, checava indícios de mofo ou de outro tipo de deterioração, sem ter contato direto com os hamburgueres. 30 dias depois, o fato é que nenhum dos dois tipos de hamburguer apodreceram! E ainda mais interessante, o hamburguer feito sem sal também não apodreceu, descartando a hipótese de que o sal que conservaria o produto por mais tempo.
Os únicos que apresentaram algum sinalzinho de deterioração foram o hamburguer feito em casa e o quarter pound. Por que? Tinham tamanho maior do que os demais, levando mais tempo pra desidratar, portanto dando maior chance à criacão de mofo/bolor. O hamburguer mais fino nao apodrece porque tem uma área de superfície relativamente grande à sua espessura, permitindo à agua evaporar bem mais rápido.
Bom, agora não se pode culpar o Mc por essa coisa estranha da comida deles não estragar. Lógico que tem ativistas achando 1000 razões para se evitar comer lá. Mas a alegação acima já não procede.
Fonte: Serious Eats
07 novembro 2010
Derivados da vaca
Vejam que legal essa figura que mostra (em inglês) tudo que se aproveita/produz de partes do boi. Eu não sabia de vários deles, mas o que mais me surpreenderam foram papel de parede, giz de cera (gordura) e cremes anti idade (cérebro). Ahn?
E dado que muitos dos produtos abaixo são direta/indiretamente consumidos por nós diariamente, a pergunta é... e como as pessoas conseguem seguir um estilo de vida vegetariano?
Fonte: Gizmodo
04 novembro 2010
Consumo mundial de carne per capita
Olhem só que interessante esse mapa sobre o consumo de carne mundial. Observem que os maiores consumidores estão EUA, Austrália e Nova Zelândia (por tradição, também grandes exportadores de carne), porém temos uma surpresa... Luxemburgo consome mais carne per capita do que os EUA..
Brasil está à frente de países como Holanda, Finlândia, Suíça, porém atrás de Argentina, Kuwait, República Tcheca, e outros.
Brasil está à frente de países como Holanda, Finlândia, Suíça, porém atrás de Argentina, Kuwait, República Tcheca, e outros.
O mapa fica mais fácil de visualizar em sua página original, clique em cima e ele aumenta de tamanho.
Como era de se esperar, os últimos no ranking são países da África, que não conseguem pagar para comer carne todos os dias, e logicamente Índia, que por razões religiosas não consome carne vermelha. (Em teoria - eu já presenciei indianos comendo carne - e muita - aqui no Brasil).
02 novembro 2010
Entrega sustentável
Olha que legal mais essa: A VeloVeggies, empresa fundada por Randall Dietel, de Minnesota, entrega caixas de vegetais locais na porta da casa dos clientes... Mas de bicicleta!! Portanto, pode se gabar de emitir 0 de carbono em suas entregas. Eles só entregam caixas sazonais de verduras e legumes, respeitando a época de cada ítem. Como se não bastasse, o cliente pode ainda pedir uma caixa para compostagem, e assim que juntar compostos orgânicos um representate da VeloVeggies vai - de bike - recolher. No site (http://veloveggies.com) está escrito o que eles aceitam:
- frutas e vegetais,
- sementes e cascas,
- cascas de ovos e embalagens de ovos de papelão,
- pelos, pele,
- alimentos queimados pelo frio,
- borra de café e pacotes de chá usados,
- restos de comida (sem carne)
Fonte: Marketing na Cozinha e VeloVeggies
01 novembro 2010
Infográfico - Café Fair Trade
Aqui vai um vídeo/infográfico bem feito e elucidativo sobre o café do comércio justo (em inglês).
Fair Trade Infographic from Joshua Michie on Vimeo.
Fair Trade Infographic from Joshua Michie on Vimeo.
28 outubro 2010
Abate mais humano?
As empresas americanas Bell & Evans e Mary's chickens anunciaram seu método inovador de abate de frangos. Chama-se CAK (Controlled Atmosphere Killing). O que acontece hoje é que os frangos são retirados de esteiras transportadoras, colocados de cabeça pra baixo de forma brusca (o que muitas vezes quebra suas asas ou pernas) e tomam um "banho elétrico" que os paralisa, porém os deixa conscientes ainda. Então eles seguem pra ser escaldados (e mortos) em tanques que removem suas penas). O CAK elimina todos esses passos. O CAK vai remover oxigênio do ambiente em que estiverem os frangos, e vagarosamente os substitui por um gás nao venenoso que coloca as aves pra dormir enquanto ainda estão sendo levadas pra esteira. Isso elimina também a possibilidade de agressão física às aves, que estarão dormindo e portanto inconscientes e não reagirão ao processo. Os funcionários, portanto, também vão ser beneficiados, já que, atualmente, o local onde os frangos ficam pendurados precisa ser mal iluminado para evitar que as aves se assustem. E, frequentemente, para colocá-las no recinto, os funcionários precisam até bater e estrangulá-las.
A tendência daqui pra frente é que os consumidores comecem a exigir esta postura mais “humana” de todas as empresas, o que pode gerar um movimento coletivo de adaptação, principalmente nos países mais desenvolvidos, que têm mais dinheiro pra gastar com comida e portanto exigem mais de seus produtores. Essas duas empresas citadas se orgulham em informar que investem - e muito - no bem estar dos animais, além de terem preocupação ambiental.
Seus animais recebem alimentação exclusivamente vegetal, isopor não é usado em suas embalagens, janelas nos galpões que se abrem e se fecham automaticamente, de acordo com o clima, sistemas de refrigeramento controlados, maior espaço pra circulação, etc.
E no Brasil. Alguém conhece alguma iniciativa (mesmo que motivada comercialmente) assim?
Fontes: Exame e Opposing Views
Na Europa, o CAK já é usado e ganha popularidade a cada dia. Afinal de contas, não precisamos ser vegetarianos para pensar num método mais "humano" de abate de animais. Os criadores do novo sistema nos EUA garantem que não há estresse no processo, pois as aves são sedadas “gentilmente”, como em uma anestesia antes de uma cirurgia. O sistema não é projetado para matar os animais, mas apenas adormecê-los, evitando estresse na hora da morte e pernas e asas quebradas pelo desespero.
Como divulgar? A Mary’s Chickens está avaliando a possibilidade de anunciar nas embalagens a expressão “perda de consciência por sedação”, quando os produtos começarem a circular, em junho do ano que vem. Ela também pretende usar termos como “humanamente abatido”, “humanamente processado” ou “lidado humanamente”. Tudo isso para cumprir a tarefa complexa de anunciar que o processo foi feito de forma que os frangos não sofreram para servir de comida. Os informes também vão avisar aos consumidores que os animais são criados em cômodos com iluminação natural e alimentados com comida livre de antibióticos ou subprodutos de origem animal. O site da empresa também vai trazer essas e outras informações sobre o processo para aqueles que desejarem saber mais.
Seus animais recebem alimentação exclusivamente vegetal, isopor não é usado em suas embalagens, janelas nos galpões que se abrem e se fecham automaticamente, de acordo com o clima, sistemas de refrigeramento controlados, maior espaço pra circulação, etc.
E no Brasil. Alguém conhece alguma iniciativa (mesmo que motivada comercialmente) assim?
Fontes: Exame e Opposing Views
27 outubro 2010
Orgânico: por trás do conceito.
O nosso bom senso nos diz que alimentos orgânicos são alimentos melhores, certo? Melhores, de qualquer maneira, do que os alimentos com organofosfatos, antibióticos e hormônios de crescimento, arsênico, ração composta de vísceras e ossos moídos de outros animais, enfim, essa bizarrice toda. E todo dia, vemos crescer nos supermercados a oferta de produtos orgânicos, agora não só mais apenas frutas e vegetais, mas também leite, bolachas, geléias, macarrão, etc..
Todos nós pensamos que ao comprar orgânicos, estamos fazendo um bem a nossa saúde e também ao planeta... Stop right there.. Olhe de perto agora, e você vai ver que a narrativa pastoral, com vaquinhas felizes saltitantes produzindo seu leite livre de produtos que fazem mal à saúde, pode ter questionamentos. Por exemplo, nos EUA, uma única empresa (Horizon) controla 70% da produção e venda de leites orgânicos. Ela foi comprando pequenos sítios familiares produtores, e agora é uma empresa de capital aberto de 127 Mi de dólares. Agora, o leite orgânico desta empresa é "ultrapasteurizado" - um processo a altas temperaturas que "mata" o leite, destruindo suas enzimas e muitas de suas vitaminas. A razão de fazê-lo é que assim ele resiste a transportes de longas distâncias, por mais tempo.
O problema que o nosso entendimento comum de orgânico seria "menos processado, melhor para os animais, mais local". Mas isso não é mais garantia nos produtos orgânicos. No caso do leite acima, a empresa não está mentindo quando diz que o leite era orgânico. Os animais comem grãos (orgânicos) em vez de pasto. São confinados (mas sem antibióticos preventivos). Têm produção em escala (de leite orgânico).
O motivo pra tudo isso é óbvio: Orgânicos são o segmento alimentar que mais cresce economicamente nos últimos anos. Sustentou 20% de crescimento ao ano por mais de uma década - e assim, acabou atraindo, justamente os conglomerados agroindustriais que eram opositores ao movimento no começo. Hoje, eles compram as empresas de orgânicos, porém não mudam seu nome... Para que o consumidor não perceba que está tudo indo pro mesmo pote. Há também um movimento surgindo agora chamado : Beyond Organic, que vai além do simples fato de não se ter certos produtos usados na produção de alimentos, mas também se atenta para princípios de relações justas de trabalho, uso de suprimentos locais, venda somente a áreas próximas (para não consumir muito combustível e assim "anular" o efeito benéfico da produção orgânica.
Logicamente, é um progresso ter grandes conglomerados vender produtos orgânicos ao invés de ir contra eles. O problema é se todo o suprimento de orgânicos vier dessas indústrias. Orgânico perde o sentido, perde seus valores (produzir localmente, tratar bem os animais, preservar fazendas familiares, uma cadeia de alimentos mais confiável), se isso acontece. Pra se ter uma idéia, um morango que vem da Europa pros EUA traz 5 calorias alimentares, versus 435 calorias de combustível consumidas para cada unidade.
Joel Salatin, o fazendeiro modelo do filme Food, Inc, rejeitou o selo de certificação orgânico. Ele alega que o que ele faz vai além do orgânico, e não simplesmente substitui seus suprimentos para obedecer regras.
Fonte: Mindfully - Organic Complex
26 outubro 2010
Impacto ambiental dos alimentos - pirâmide dupla
A Barilla e seu instituto de pesquisa acabam de lançar o conceito da Pirâmide dupla, ou invertida. Ou seja, de um lado, as recomendações de ingestão de alimentos da OMS e da maioria dos países, e de outro, o impacto ambiental de cada um desses grupos alimentares. Da "Double Pyramid" nós podemos observar que os alimentos que se recomenda o maior consumo são justamente aqueles com menor impacto ambiental. Portanto, ao consumirmos mais deles, atingimos dois objetivos: saúde e proteção do planeta.
Além disso, o site também tem um aplicativo que calcula o impacto ambiental de suas refeições. Vc seleciona os alimentos que costuma comer e terá uma idéia do quanto isso impacta o planeta! Não é muito completo em termos de variedade, mas contém muito das coisas que comemos todo dia. Confere lá..
Daí vem a pergunta... como o impacto ambiental foi calculado? Usando a análise do Ciclo de Vida (Life Cycle Analysis, LCA) na cadeia inteira de extração, cultivo, processamento, empacotamento, transporte, distribuição, uso, reuso, e destino final dos itens estudados. A pegada ecológica, conforme já citei nesse blog, mede o tanto de terra ou mar (biologicamente produtivos) são necessários para suprir os recursos consumidos e absorver os desperdícios, restos, etc. O método foi desenvolvido pela Global Footprint Network. Ele inclui os seguintes elementos no cálculo:
Para os vegetais da estação (cultivados a campo), 100 gramas tem 5 metros quadrados (cru) e 9 metros quadrados (cozidos). Para o pão, a pegada é de 6.7 metros quadrados para 100 gramas.
E assim vai.. Entrem no site para ver que interessante. Olha o tamanho da pegada do queijo! Interessante né.. ele passa por vários processos até chegar a nossa mesa. É por isso. Vamos pensar nessas coisas daqui em diante.
Fonte: Barilla - Food Pyramid
Além disso, o site também tem um aplicativo que calcula o impacto ambiental de suas refeições. Vc seleciona os alimentos que costuma comer e terá uma idéia do quanto isso impacta o planeta! Não é muito completo em termos de variedade, mas contém muito das coisas que comemos todo dia. Confere lá..
Daí vem a pergunta... como o impacto ambiental foi calculado? Usando a análise do Ciclo de Vida (Life Cycle Analysis, LCA) na cadeia inteira de extração, cultivo, processamento, empacotamento, transporte, distribuição, uso, reuso, e destino final dos itens estudados. A pegada ecológica, conforme já citei nesse blog, mede o tanto de terra ou mar (biologicamente produtivos) são necessários para suprir os recursos consumidos e absorver os desperdícios, restos, etc. O método foi desenvolvido pela Global Footprint Network. Ele inclui os seguintes elementos no cálculo:
- Área de produção agrícola,
- Área de florestas,
- Área de pasto,
- Área com instalações para atividades de produção,
- Área de cultivo de peixes,
- Área de energia (solo necessário para absorver a emissão de CO2 gerada pela produção de bens e serviços).
Para os vegetais da estação (cultivados a campo), 100 gramas tem 5 metros quadrados (cru) e 9 metros quadrados (cozidos). Para o pão, a pegada é de 6.7 metros quadrados para 100 gramas.
E assim vai.. Entrem no site para ver que interessante. Olha o tamanho da pegada do queijo! Interessante né.. ele passa por vários processos até chegar a nossa mesa. É por isso. Vamos pensar nessas coisas daqui em diante.
Fonte: Barilla - Food Pyramid
22 outubro 2010
O café ao redor do mundo
Se você viajar para países onde o café é a bebida preferida, verá que os paladares variam muito. Apesar de já termos muitos desses exemplos a nossa disposição nas cafeterias mais especializadas, dá uma olhada nos tipos de cafés mais comuns nos países seguintes:
França - a torrefação escura chamada, adequadamente, de french roast (café francês), é muito popular. Há até um método próprio de fazer a bebida, a prensa francesa (foto acima), à venda em lojas especializadas.
Estados Unidos - a maioria dos americanos ainda prefere a torra clara. Mas com a popularidade da Starbucks, a torra muito escura está se tornando mais comum. Os americanos geralmente apreciam seu café com creme (intermediário entre creme de leite e leite integral) e açúcar. Muitos deles também tomam café gelado, inclusive crianças / adolescentes.
Áustria - a torrefação vienense é uma mistura de dois terços de grãos de torra escura com um terço de grãos de torra média.
Itália - a Itália é a casa do espresso, que é o café feito através da pressão do vapor d'água nos grãos de torra escura finamente moídos. Foi lá que Howard Schultz teve inspiração para fundar, nos EUA, o que viria a ser a maior rede de cafés especiais do mundo (Starbucks).
Turquia - um provérbio turco diz que o café é "preto como o inferno, forte como a morte, doce como o amor". O café turco é moído muito finamente (mais do que o expresso) e é coado em pequenos bules chamados ibriks ou cezves. Tem um sabor bem forte e os turcos (alguns, pelo menos) podem ler sua história a partir da borra deixada na xícara!!
Cuba - extremamente forte, não é bebericado - é tomado num único gole, como a tequila. Nos restaurantes, o café cubano é servido ao final da refeição em minúsculas tacitas, copos menores do que uma demitasse ou xícara de café.
Fonte: How Stuff Works
França - a torrefação escura chamada, adequadamente, de french roast (café francês), é muito popular. Há até um método próprio de fazer a bebida, a prensa francesa (foto acima), à venda em lojas especializadas.
Estados Unidos - a maioria dos americanos ainda prefere a torra clara. Mas com a popularidade da Starbucks, a torra muito escura está se tornando mais comum. Os americanos geralmente apreciam seu café com creme (intermediário entre creme de leite e leite integral) e açúcar. Muitos deles também tomam café gelado, inclusive crianças / adolescentes.
Áustria - a torrefação vienense é uma mistura de dois terços de grãos de torra escura com um terço de grãos de torra média.
Itália - a Itália é a casa do espresso, que é o café feito através da pressão do vapor d'água nos grãos de torra escura finamente moídos. Foi lá que Howard Schultz teve inspiração para fundar, nos EUA, o que viria a ser a maior rede de cafés especiais do mundo (Starbucks).
Turquia - um provérbio turco diz que o café é "preto como o inferno, forte como a morte, doce como o amor". O café turco é moído muito finamente (mais do que o expresso) e é coado em pequenos bules chamados ibriks ou cezves. Tem um sabor bem forte e os turcos (alguns, pelo menos) podem ler sua história a partir da borra deixada na xícara!!
Cuba - extremamente forte, não é bebericado - é tomado num único gole, como a tequila. Nos restaurantes, o café cubano é servido ao final da refeição em minúsculas tacitas, copos menores do que uma demitasse ou xícara de café.
Fonte: How Stuff Works
21 outubro 2010
Como parar de "comer" o planeta
Pra você que gostou do último post. A gente às vezes nem percebe o que comemos, pois a comida hoje em dia tende a ser barata e abundante. Mas nossa indústria de alimentos usa bastante combustível e portanto quando o preço petróleo aumenta, o preço dos alimentos costuma crescer também.
Nós sempre lembramos de usar lâmpadas que salvam energia, dirigir menos, desligar ar condicionado, etc, mas nossa pegada de carbono também é dependente dos nossos hábitos alimentares. Atitudes simples como as abaixo (algumas já comentadas neste blog) ajudam a reduzir essa pegada:
Evitar alimentos processados congelados (é conveniente, porém já imaginou o quanto de energia é gasto no transporte e armazenamento desses itens? Sem mencionar o lixo produzido pelas embalagens.
Comprar produtos locais - Perceba que as vezes comemos coisas que andaram o mundo inteiro pra chegar até a gente. Era realmente necessário? Ou temos alguém na esquina que produz tais itens? A não ser que estejamos falando de cerejas anãs albinas criadas por pastores da Moldávia, (ou coisas do gênero) - quase tudo dá pra achar por aqui certo? Toda caloria de uma cenoura da África da Sul gastou 66 calorias de energia (Combustível) pra chegar no Reino Unido. Além de fortalecer a economia de onde você vive, o Locavorismo (comer produtos locais) vai te fornecer produtos mais frescos e saborosos.
Produza sua própria comida. Sim, nem todos nós moramos no campo. Mas podemos, pelo menos, plantar tomates cereja num vaso, pra evitar comprar os convencionais, cheio de pesticidas. Um começo.
Compre produtos orgânicos. Eles usam métodos naturais da agricultura. Agricultura convencional, por outro lado, usa fertilizantes artificiais que são baseados em nitrogênio, que usam volumes consideráveis de combustíveis fósseis.
Coma o que está na época. Não adianta querer morango o ano inteiro, ele vai ter gosto de nada. Lembre-se que comprar alimentos fora da estação significa transportá-los por longas distâncias e/ou usar muita energia pra produzir luz/calor artificial.
Coma menos carne. Criações de animais são responsáveis por mais ou menos 18% das emissões de gases do efeito estufa.
20 outubro 2010
"Comendo" o planeta
A WWF e a revista GOOD criaram um infográfico que mostra quantos planetas seriam necessários (em termos de recursos) se a população do mundo inteiro consumisse, por exemplo, uma dieta italiana , americana (quase 4 planetas), malasiana.
O que é interessante é que o estudo foi feito levando-se em conta fatores como terras destinadas à produção de alimentos, combustíveis, pasto, florestas, áreas de produção de peixes, carbono, terras destinadas à preservação da biodiversidade. Veja também as diferenças da dieta da Malásia e dos EUA em termos de fontes de energia (consumo de açúcar e raízes, por exemplo).
Dentro de um período de tempo, nosso planeta produz recursos finitos. árvores, alimentos, oxigênio, são criados em uma velocidade balanceada. Se consumimos mais do que é produzido, nós começamos a afetar a capacidade do planeta de auto renovar seus recursos.
Fonte: WWF
14 outubro 2010
Fome no Brasil e no mundo
De acordo com o reporte do Global Hunger Index que saiu dia 11 de outubro, o Brasil está dentre os países cuja percentagem da população que passa fome declinou mais de 50%, em comparação com 1990. Um grande avanço pro Brasil, Turquia, Kuwait e México também. Mas notemos que isso não quer dizer que as pessoas estão bem hoje em dia. Ainda há muito a ser feito. Mas o primeiro passo já foi dado. Agora elas têm comida pra poder desempenhar funções básicas, quem sabe trabalhar e assim almejar subir mais posições...
Fonte: The Economist
Fonte: The Economist
Mark Bittman - sobre hábitos alimentares sustentáveis.
Veja abaixo a entrevista de Mark Bittman (Autor de Food Matters, e agora de Food Matters Cook Book), em inglês, sobre o que cada um pode fazer pra melhorar a perspectiva de preservação do planeta a longo prazo, quando se trata de hábitos alimentares. Eu já bati nessa tecla várias vezes, mas vou repetir: a indústria funciona sobre demanda. Se as pessoas demandarem mais alimentos saudáveis / com selos de certificação de produção responsável, essa produção vai aumentar e eventualmente substituir certa posição que hoje quem ocupa são alimentos de origem animal super processados e que impactam o meio ambiente.
O mundo pode sustentar a demanda global de uma dieta espelhada na americana? Não. Mas a tendência dos países em desenvolvimento é desenvolver uma dieta similar, à medida que eles vão crescendo economicamente. Isso também se reflete nos hábitos de consumo (grandes carros, eletrodomésticos, etc).
O próprio autor não é vegetariano, e nem indica que isso é necessário. É apenas uma questão de olhar a proporção das coisas. O ideal, segundo especialistas, seria ter uma alimentação baseada em até 80% em produtos de origem vegetal, e 20% do restante. O que acontece hoje pra maioria de nós é 80% de alimentos processados, produtos derivados de animais, e junk food, e o restante de vegetais. Se fizermos uma mudança baseada no recomendado para 10% do que comemos, isso já é um progresso. E se todo mundo fizer isso, é capaz de vermos essa diferença. E se conseguirmos fazer 10% mudar, depois aumentamos o alvo pra 20%. O importante é não ser extremista nem de um lado nem de outro, e sempre procurar o melhor. Afinal de contas, é comida.
O autor ainda destaca que não devemos nos preocupar se o que comemos é orgânico ou não. É preferível que se comam vegetais, mesmo que convencionais, contanto que se coma.
Mark Bittman On Why Food Matters from GoodFoodRevolution on Vimeo.
O mundo pode sustentar a demanda global de uma dieta espelhada na americana? Não. Mas a tendência dos países em desenvolvimento é desenvolver uma dieta similar, à medida que eles vão crescendo economicamente. Isso também se reflete nos hábitos de consumo (grandes carros, eletrodomésticos, etc).
O próprio autor não é vegetariano, e nem indica que isso é necessário. É apenas uma questão de olhar a proporção das coisas. O ideal, segundo especialistas, seria ter uma alimentação baseada em até 80% em produtos de origem vegetal, e 20% do restante. O que acontece hoje pra maioria de nós é 80% de alimentos processados, produtos derivados de animais, e junk food, e o restante de vegetais. Se fizermos uma mudança baseada no recomendado para 10% do que comemos, isso já é um progresso. E se todo mundo fizer isso, é capaz de vermos essa diferença. E se conseguirmos fazer 10% mudar, depois aumentamos o alvo pra 20%. O importante é não ser extremista nem de um lado nem de outro, e sempre procurar o melhor. Afinal de contas, é comida.
O autor ainda destaca que não devemos nos preocupar se o que comemos é orgânico ou não. É preferível que se comam vegetais, mesmo que convencionais, contanto que se coma.
Mark Bittman On Why Food Matters from GoodFoodRevolution on Vimeo.
Fast food Sustentável?
O restaurante Burgerville, dos EUA, faz fast food: hamburgueres, fritas, etc. Mas tem um diferencial inusitado: só usa produtos locais (encorajando o comércio da região que atua e diminuindo sua pegada ecológica), recicla o óleo usado em suas frituras e o transforma em biodiesel, seus fornecedores de carne não usam antibióticos/hormônios na criação, dentre outras iniciativas.
Eles também lançam itens de oferta limitada, respeitando a sazonalidade inerente aos produtos vegetais, que têm um gosto melhor e são mais baratos e frescos em sua "época". Enquanto as outras cadeias de fast food vão oferecer sempre o mesmo produto, o ano inteiro, não interessa de onde ele venha (contanto que venha), e também não interessa também se o sabor foi comprometido, ou se está congelado há vários meses.
Essa é uma iniciativa (obviamente que tem seus fins comerciais, dada a nova "onda" sustentável, "locavore", que está pegando nos EUA) que merece ser aplaudida, pois fortalece os fazendeiros da região desses estabelecimentos, e ao mesmo tempo incentiva o consumo responsável.
Loja sem embalagem
Olha que legal essa loja em Londres: se chama Unpackaged e vende alimentos sem embalagem nenhuma, por quilo. As pessoas têm que levar seus próprios recipientes (potes, vidros, etc) para colocar o que quiserem. Para os compradores de primeira viagem, a loja oferece uma sacola retornável que deve ser apresentada na próxima compra!
A loja tem de tudo: frutas, verduras, legumes, condimentos, azeite, grãos, biscoitos, café, do jeitinho que chegam do fornecedor primário, ou seja, desprovidos de alumínio, isopor, plástico, etc. O que é melhor, a maioria dos produtos são ou Fair Trade, ou orgânicos, ou com algum outro selo de produção sustentável o que garante ao cliente que está contribuindo para outras iniciativas do bem.
Por que sem embalagens? 3 razões: é mais barato, pois o custo da embalagem não é repassado pro consumidor, embalagens sao gasto de recursos e tempo, aumenta a pegada ecológica dos produtos (custos com transporte) e seu destino final é o lixão. Podendo evitar, melhor. Bela iniciativa.
Fonte: Marketing na Cozinha.
A loja tem de tudo: frutas, verduras, legumes, condimentos, azeite, grãos, biscoitos, café, do jeitinho que chegam do fornecedor primário, ou seja, desprovidos de alumínio, isopor, plástico, etc. O que é melhor, a maioria dos produtos são ou Fair Trade, ou orgânicos, ou com algum outro selo de produção sustentável o que garante ao cliente que está contribuindo para outras iniciativas do bem.
Por que sem embalagens? 3 razões: é mais barato, pois o custo da embalagem não é repassado pro consumidor, embalagens sao gasto de recursos e tempo, aumenta a pegada ecológica dos produtos (custos com transporte) e seu destino final é o lixão. Podendo evitar, melhor. Bela iniciativa.
Fonte: Marketing na Cozinha.
12 outubro 2010
Fatos sobre a fome no mundo.
NÃO há falta de alimentos no mundo. Há comida suficiente no mundo hoje para suprir toda a população.
As manifestações de fome podem vir em forma de subnutrição ou má nutrição. Subnutrição é quando o consumo diário de alimentos não é suficiente para suprir as necessidades fisiológicas básicas para uma vida ativa. No momento, há em torno de 925 milhões de pessoas no mundo nessa condição. Má nutrição é o consumo em proporções inadequadas de proteina, energia e micronutrientes, e consequente ocorrência de doenças e infecções.
Há pessoas com fome nas favelas, no campo, nos refúgios de guerra, há filhos de pais com AIDS que passam fome, há fome em muito mais lugares do que se imagina. Em torno de 3/4 das pessoas subnutridas vivem em países em áreas rurais de países em desenvolvimento. Hoje em dia, uma em cada sete pessoas nao consegue se alimentar suficientemente para ser saudável e ter uma vida normal, ativa, fazendo a fome ser o risco número 1 à saúde no mundo. Maior que AIDS, tuberculose e malária combinados.
Este mapa da fome, com base nos dados de 2009, mostra as principais regiões afetadas no mundo. Observe que a cada 6 segundos, uma criança morre por complicações da fome.
Fonte: World Food Programme
Dicas pra evitar o uso desnecessário de embalagens de alimentos
Seguem algumas dicas, da revista GOOD, para evitar, quando pudermos, lixo gerado por embalagens de comida:
É inevitável que precisamos de embalagens de alimentos.. Mas podemos tomar várias ações para reduzir seu uso. Você sabia que 2,5 milhões de garrafas de plástico são jogadas fora a cada hora?
- Dar preferência às embalagens de vidro ao invés de plástico ou isopor;
- Comprar frutas e verduras direto do produtor, da feira, ou da bancada do supermercado, ao invés de previamente selecionadas em embalagens de... plástico e isopor!;
- Quando for comer na rua, a menos que esteja com pressa, opte por tomar seu café / bebida em copos e xícaras de porcelana e por comer no prato de vidro, que posteriormente serão reutilizados;
- Você pode também levar sua mug e pedir pra pessoa da cafeteria colocar ali seu café, evitando um copo de isopor;
- E para os produtos que sempre vão vir com embalagens protetoras (por exemplo, cereais), alguns supermercados no Brasil já estão colocando grandes recipientes ao lado do caixa para que você descarte, ali mesmo, as caixas, garantindo um destino certeiro para a reciclagem.
É inevitável que precisamos de embalagens de alimentos.. Mas podemos tomar várias ações para reduzir seu uso. Você sabia que 2,5 milhões de garrafas de plástico são jogadas fora a cada hora?
Você sabia que..
- o Brasil produziu 33 milhões de sacas (60 kg) na safra 07/08?
- a maioria do café produzido no país (70%) é Arabica?
- o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo? e o segundo maior consumidor (atrás dos EUA)?
- hoje em dia as principais áreas de produção do país é o Sul de MG, a Mogiana e o Cerrado, coisa que até pouco tempo atrás era inimaginável?
- em contraste com outros países da América do Sul, a maioria das fazendas de café no país são grandes propriedades?
- o Brasil produz dentre 30 a 40% do total mundial?
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