Morango é uma fruta linda e que todo mundo agora. Mas sabe como ele é produzido? Bom, pra exemplificar, tomemos como modelo o caso da Califórnia, nos EUA. 7 anos atrás, o methyl bromide (não vou me arriscar a colocar o nomes dessas substâncias em Português), uma neurotoxina, era injetada no solo das plantações para matar pestes e doenças, por trabalhadores cobertos da cabeça aos pés, incluindo máscaras. O solo então era coberto por plásticos - se vocês passarem pela Fernão Dias, região de Cambuí e Pouso Alegre/MG, vai ver cenário semelhante - para evitar que o gás se dispersasse. Parecia uma operação padrão, nuclear. É difícil comprar um morango convencional depois de ver aquilo. Esta substância sempre foi controversa. Methyl Iodide é igualmente perigoso para aqueles que o usam nos campos do que para os que tem contato com lençois freáticos contaminados.
Enquanto isso, produtores orgânicos seguiam com rotação de culturas, uso de insetos pra controle de pragas, etc, e apesar de sua produtividade ser menor que a da produção convencional, eles compensavam essa perda com o preço premium de seus produtos. O Methyl bromide foi acusado pela ONU de contribuir para o buraco na camada de ozônio. Os produtores receberam licenças, extensões pra continuar usando essa substância, porém sabiam que o fim estava próximo, e então colocaram o foco em outros químicos. Methyl Iodide era o mais promissor, apesar de produtores convencionais acharem que ele era ainda mais pesado que o Methyl Bromide. Porém, ele não abria buraco na camada de ozônio. A California acaba de liberar o Methyl Iodide pra uso, apesar do alerta de várias instituições sobre seus efeitos.
O grande problema aí é que o Methyl Iodide se mostrou bastante perigoso para os funcionários que o aplicam, mais do que para quem consome o produto. Daí fica a pergunta: seria ele aprovado se fosse o contrário?
Fonte: The Atlantic
Nenhum comentário:
Postar um comentário