Um estudo conduzido por economistas agrários renomados da Universidade Cornell, nos EUA, e do USDA, revelou que não há ligação entre os subsídios fornecidos por aquele país a seus produtores e o aumento da obesidade em sua população. Os americanos estão cada vez mais obesos. Em 1970, 15% da população era obesa, e em 2000, 31%. A sabedoria popular diz que os subsídios reduziram o preço da comida de tal maneira que os americanos passaram simplesmente a comer mais e mais. E isso que levou a epidemia de obesidade. Daí, argumenta-se, a razão de uma salada por lá custar bem mais que um sanduíche de fast food. E a grande estrela dos subsídios são o milho e produtos de origem animal.
Mas os economistas contrariaram essa idéia geral, alegando que se os subsídios fossem removidos, cada americano reduziria seu consumo alimentar em 977 calorias. Por ANO. Ou seja, irrisório. Eles, pelo contrário, alegam que se os subsídios sumissem, o consumo de calorias seria maior... Pois o governo limita a importação de açúcar, o que aumenta o preço de alimentos e ao mesmo tempo reduz seu consumo. Ao se livrar das restrições de importação, comer-se-ia mais, comida barata.
De qualquer maneira, o efeito de commodities básicas no preço da comida é final. Eles são apenas uma percentagem pequena do total. O real contribuidor para comida barata é a inovação e produtividade crescentes na fazenda. Mas também seria "nonsense" tentar diminuir o ritmo das inovações e produtividade na agricultura como maneira de combater o crescimento da obesidade. O desafio para os formadores de políticas aqui seria achar outros meios de reduzir as consequências socias do excesso de consumo de alimentos, ao mesmo tempo aumentando as oportunidades de consumo para os pobres e protegendo os recursos naturais para as gerações futuras. DIFÍCIL NÉ?
Fonte: Daily Yonder
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