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14 janeiro 2011

Como surgiu o Nescafé?


Vocês sabem como surgiu o Nescafé, líder de vendas da multinacional Nestlé?

Nos anos 30 havia uma superprodução de café, e consequente queda vertiginosa nos preços, o que fez o Brasil, maior produtor de café da época, entrar em uma crise econômica.  Foram destruídas milhões de sacas da commodity no país, e então o governo brasileiro solicitou à empresa Nestlé um estudo para o desenvolvimento de um produto que poderia ser conjugado com o leite em pó que já vinha sendo fabricado pela empresa, visando promover um aumento do consumo interno.

Depois de sete anos de intensas pesquisas comandadas por Max Morgenthaler e Vernon Chapman, a Nestlé desenvolveu um café que continha uma mistura de hidratos de carbono à matéria-prima para manter o aroma e o gosto natural, obtendo assim um café solúvel, que bastava ser adicionado a água. O produto então foi batizado de NESCAFÉ, junção das três primeiras letras do nome “Nestlé”, mais a palavra “Café”.  O grande sucesso do produto fez com que em pouco tempo fosse exportado para França, Grã Bretanha e Estados Unidos.

Em 1942, quando o exército americano começou a intervir em todas as partes do mundo, após o ataque japonês a Pearl Harbour, o Nescafé, pela facilidade da sua preparação, passou a fazer parte das rações cotidianas dos soldados americanos. Mas, somente em 1953, com 15 anos de atraso devido à pressão contrária dos fabricantes de café torrado e moído, o produto foi lançado no Brasil.  Em 1966, com o desenvolvimento de novas tecnologias, a Nescafé conseguiu com que seu produto conservasse todo o aroma original do café, utilizando para isso a desidratação por congelamento. Em 1967, o processo de aglomeração foi desenvolvido, permitindo apresentar o Nescafé em pequenos grânulos que proporcionavam uma solubilidade superior.

Em 2008, a marca resolveu ampliar a participação no mercado com o lançamento de um novo produto: Nescafé Dolce Gusto, uma máquina multibebidas (café longo, expresso, intenso, capuccino, latte macchiato e chococino) fabricada em parceria com a empresa alemã Krups. Com um exclusivo sistema de cápsulas hermeticamente embaladas (cuja pioneira, a Nespresso, já mereceu um post neste blog), o produto leva a experiência das apreciadas cafeterias para dentro de casa, permitindo preparar bebidas quentes e frias de forma fácil, rápida e limpa. O lançamento significou a entrada da marca no segmento domiciliar de máquinas de café mais sofisticadas. O Brasil foi o primeiro país da América do Sul a receber o produto. 

Fonte: Mundo das Marcas

Um comentário:

  1. Vejam que desde a solitação do governo brasileiro para o desenvolvimento dos cafés chamados solúveis, se passaram quase um século. Entretanto, como bom mineiro do sul do estado, não vejo sequer comparação entre tais cápsulas e o tradicional café, aquele que voce vê secar no terreiro, descascar quase que artesanalmente, torrar, moer, e finalmente chegar ao seu cuador, aquele de pano mesmo, esperando, quase que sedento, pela água quente. Essa alquimia faz com que o aramo infeste toda a casa, saliva a boca da vizinhaça, deslumbra os olhos de quem vê. Isso não ha tecnologia ou mídia que consigam fazer, e por uma razão simples. Tudo que é natural tende ao perfeito, a essencia, ao divino, quanto mais o homem põe a mão, mais distante fica da origem perfeita. Portanto, embora reconheça a facilidade das cápsulas, a meu juizo, e como bom mineiro, fico com o meu cafezinho mesmo, aquele da roça, do coador de pano...

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