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28 outubro 2010

Abate mais humano?

          As empresas americanas Bell & Evans  e Mary's chickens anunciaram seu método inovador de abate de frangos. Chama-se CAK (Controlled Atmosphere Killing). O que acontece hoje é que os frangos são retirados de esteiras transportadoras, colocados de cabeça pra baixo de forma brusca (o que muitas vezes quebra suas asas ou pernas) e tomam um "banho elétrico" que os paralisa, porém os deixa conscientes ainda. Então eles seguem pra ser escaldados (e mortos) em tanques que removem suas penas). O CAK elimina todos esses passos. O CAK vai remover oxigênio do ambiente em que estiverem os frangos, e vagarosamente os substitui por um gás nao venenoso que coloca as aves pra dormir enquanto ainda estão sendo levadas pra esteira. Isso elimina também a possibilidade de agressão física às aves, que estarão dormindo e portanto inconscientes e não reagirão ao processo.  Os funcionários, portanto, também vão ser beneficiados, já que, atualmente, o local onde os frangos ficam pendurados precisa ser mal iluminado para evitar que as aves se assustem. E, frequentemente, para colocá-las no recinto, os funcionários precisam até bater e estrangulá-las.

Na Europa, o CAK já é usado e ganha popularidade a cada dia. Afinal de contas, não precisamos ser vegetarianos para pensar num método mais "humano" de abate de animais. Os criadores do novo sistema  nos EUA garantem que não há estresse no processo, pois as aves são sedadas “gentilmente”, como em uma anestesia antes de uma cirurgia. O sistema não é projetado para matar os animais, mas apenas adormecê-los, evitando estresse na hora da morte e pernas e asas quebradas pelo desespero.

Como divulgar? A Mary’s Chickens está avaliando a possibilidade de anunciar nas embalagens a expressão “perda de consciência por sedação”, quando os produtos começarem a circular, em junho do ano que vem. Ela também pretende usar termos como  “humanamente abatido”, “humanamente processado” ou “lidado humanamente”. Tudo isso para cumprir a tarefa complexa de anunciar que o processo foi feito de forma que os frangos não sofreram para servir de comida.  Os informes também vão avisar aos consumidores que os animais são criados em cômodos com iluminação natural e alimentados com comida livre de antibióticos ou subprodutos de origem animal. O site da empresa também vai trazer essas e outras informações sobre o processo para aqueles que desejarem saber mais. 
 
 
 A tendência daqui pra frente é que os consumidores comecem a exigir esta postura mais “humana” de todas as empresas, o que pode gerar um movimento coletivo de adaptação, principalmente nos países mais desenvolvidos, que têm mais dinheiro pra gastar com comida e portanto exigem mais de seus produtores. Essas duas empresas citadas se orgulham em informar que investem - e muito - no bem estar dos animais, além de terem preocupação ambiental.


Seus animais recebem alimentação exclusivamente vegetal, isopor não é usado em suas embalagens, janelas nos galpões que se abrem e se fecham automaticamente, de acordo com o clima, sistemas de refrigeramento controlados, maior espaço pra circulação, etc.

E no Brasil. Alguém conhece alguma iniciativa (mesmo que motivada comercialmente) assim?

Fontes: Exame e Opposing Views

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